domingo, 25 de setembro de 2011

Aquele que é nascido de Deus (post 3) conserva-se a si mesmo


Aquele que é nascido de Deus (post 3) conserva-se a si mesmo

“Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca.” (I João 5:18)

A segunda característica daquele que é nascido de Deus, que podemos encontrar neste versículo, é: “conserva-se a si mesmo”. Além de fugir da prática do pecado, aquele que se torna filho de Deus pela fé em Cristo precisa zelar pela sua vida espiritual e pelo seu relacionamento com Deus.
Paulo, escrevendo aos Romanos, deixou bem claro a questão da individualidade da nossa responsabilidade diante do Criador: “De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” (Romanos 14:12)
Ninguém, por mais que deseje, conseguirá zelar pela vida espiritual de outra pessoa. No máximo, temos condições de exercer uma boa influência, ou despertar em alguém um pouco mais de sede para experimentar um relacionamento profundo com o Deus vivo. No entanto, o pai não consegue, por si só, alterar o relacionamento que o filho tem com Deus. Nem tão pouco o marido o da esposa, ou vice e versa. Mas antes, cada qual é responsável por reconciliar-se com Deus mediante a graça que há em Cristo Jesus, bem como também, é responsável por manter um bom relacionamento com o Pai celestial, através de uma vida de obediência a sua perfeita vontade.
Em Mateus 24:13 o Senhor Jesus faz uma severa advertência que também ratifica este ensino de João sobre se conservar na presença do Altíssimo: “Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.” Estamos todos passando por uma fase probatória, uma fase em que Deus está a procura de verdadeiros adoradores, os quais o servirão durante a eternidade de glória. Porém, só serão aprovados neste teste, aqueles que perseverarem até o final, aqueles que conservarem-se a si mesmos e se apresentarem “... em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus...” (Romanos 12:1)
Também em sua carta aos Filipenses Paulo traz um ensino que se encaixa a esta nossa verdade: “...operai a vossa salvação com temor e tremor;” (Filipenses 2:12) A Salvação de nossa alma é uma dádiva tremendamente preciosa, e nós jamais teríamos condições de alcança-la, se não fora o sacrifício vicário de Cristo a nosso favor. No entanto, o que o apóstolo, pelo Espírito Santo, ensina aqui, é que uma vez que recebemos o favor imerecido de Deus, a saber, a graça de sua salvação, nós passamos a ter a responsabilidade de conserva-la.
A salvação, uma vez recebida, deve ser trabalhada: “operai a vossa salvação”. Isto é o que chamamos de processo de santificação do crente, uma etapa em que entramos tão logo nos tornamos servos de Deus e prosseguimos nela até que Cristo nos busque para a vida eterna.
“Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna.” (Romanos 6:22)
É através do processo de santificação, que aquele que nasce para Deus, desenvolve o seu relacionamento com o Pai celestial. No nosso casamento, com o passar dos anos, vamos conhecendo cada vez melhor o outro, e assim temos oportunidade de entender o que precisamos fazer para melhorar o relacionamento conjugal e torna-lo cada vez mais frutífero e prazeroso, tanto para nós quanto para o nosso cônjuge. Assim também ocorre na nossa vida espiritual, os nascidos de novo são considerados a noiva do cordeiro, e é no processo de santificação que temos a oportunidade de conhecer cada dia melhor o amado de nossas almas e aprimorar o nosso relacionamento com ele. É por isso que o profeta nos convida:
“Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.” (Oséias 6:3)
Buscando conservar-me a mim mesmo, através do continuo conhecimento do meu Senhor, assim serei eternamente dele.  

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